terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Carolina

Dona Carolina Augusta, fora a progenitora de Eça de Queirós, sendo possuída por um amor avassalador, se entregou a um homem que não foi aceito por sua família. Seu filho Eça nasceu bastardo, e desse relacionamento efêmero entre mãe e filho, nasceu no menino a urgência de escrever.
Contudo, hoje venho aqui, não para escrever sobre esta Carolina, e sim sua corruptela franco-germânica. Uma mulher, suave como um anjo, de beleza que transcende o mundo dos homens, eu a vejo pela janela e quase me sufoca esse amor.
Não amo a mulher, amo a Deusa que habita essa janela, sou devota, eu a contemplo de longe, não posso deixar que me descubra, meu coração salta dentro do peito! Tenho certeza que serei descoberta! E agora? Onde me esconder? Me escondo sempre atras da janela e nos de chuva, quando encontro a janela fechada, fico a ponto de enlouquecer procurando uma fresta, só para ver seus cabelos, seus longos cabelos vermelhos; refletidos no espelho da penteadeira do quarto.
Oh doce Carolina, com sua presença tão imponente, nem sabe da minha existência, nem poeta sou para lhe fazer uns versos. Mas meu amor por ti permanece, eternamente serei escravo da sua beleza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário